quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Ondas à medida em S. Pedro do Estoril

"Um recife artificial para criar uma nova onda para a prática de surf em São Pedro do Estoril está a ser estudado pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil e pelo Instituto Superior Técnico. A Câmara de Cascais deverá investir entre um e dois milhões de euros."

"Se o futebol tem estádios, porque não construir um para a prática de surf? A criação de um recife artificial capaz de gerar uma onda de classe mundial na praia de São Pedro do Estoril está em estudo e dentro de um ano poderá começar a ser construída. A onda terá um mínimo de meio metro na maré baixa, podendo chegar aos dois ou mesmo aos três metros em condições ideais.

Berço do surf em Portugal no início da década de 60, São Pedro é o terceiro pólo de surf da Linha de Cascais, depois de Carcavelos e Guincho.

Projecto pioneiro no continente europeu, o recife artificial envolve novas tecnologias de engenharia costeira. A viabilidade do projecto já foi confirmada num estudo que envolve o Instituto Superior Técnico, o Laboratório Nacional de Engenharia Civil e a Faculdade de Ciências de Lisboa ao abrigo de um protocolo celebrado com a Câmara de Cascais, que financia o recife.

"O estudo tem uma dotação de 200 mil euros e o projecto de construção, embora ainda não esteja estimado, deverá representar um investimento entre um e dois milhões de euros", adiantou o vice-presidente da autarquia, Carlos Carreiras. O administrador da Agência Cascais Atlântico, Carlos Albuquerque, diz que estão em estudo outros recifes artificiais para promover a biodiversidade - por colonização dessas estruturas.

Pedro Bicudo, do IST, é um dos mentores do projecto. O reflexo solar que aparece no lado direito da foto, tirada na semana passada, dá ideia da localização do recife
José Ventura

A equipa envolve duas dezenas de investigadores e cientistas, alguns dos quais relacionados com a prática da modalidade como Pedro Bicudo - do Departamento de Física do IST e líder do projecto - ou Pedro Monteiro do LNEC, entre outros.

Na prática, trata-se de construir um recife com cerca de 200 metros de comprimento por 30 de largura. Afastada a hipótese de construir em betão ou sacos de geotêxtil, Pedro Bicudo diz que o recife deverá ser feito por enrocamento (rochas) aproveitando um pequeno recife natural já existente. A estrutura vai ser construída a 100 metros da costa, fazendo um ângulo de 30 graus.

Localizado a poente da Ponta do Sal, perto da foz da Ribeira das Marianas a nova onda será tubular, com uma boa superfície de manobras - parede - e rápida. Com boas condições poderá chegar aos 200 metros de extensão.

"É uma tecnologia nova, os primeiros recifes são recentes. Tecnicamente é mais difícil fazer um recife para surf do que outro tipo de obras costeiras, como portos", exemplifica Pedro Bicudo. "Enquanto na protecção de um porto o objectivo é evitar as ondas, aqui pretende-se optimizar os respectivos parâmetros".

O projecto nasceu de uma reunião entre a autarquia e o movimento surfista, na altura da contestação ao projecto de construção de esporões em Carcavelos.

"A tecnologia dos recifes artificiais permite fixar as areias e resolver os problemas provocados pelos esporões, que localizam os agueiros e levam os sedimentos para o mar", explica Pedro Bicudo.

Além disso, a sua estrutura rugosa permite fixar fauna e flora no local e não agride a paisagem. Daí que o Estudo de Impacte Ambiental proponha apenas medidas minimizadoras em questões relacionadas com o afluxo de praticantes ou visitantes, como o trânsito e o ruído.

"Um dos cuidados é manter o que de bom existe em termos de ondas e melhorar as condições de 'surfabilidade' na zona", explica o investigador-principal do LNEC, Marcos Rita.

Actualmente há perto de meia dúzia de recifes artificiais para surf no mundo. Os principais são construídos pela empresa neo-zelandeza ASR, como o recife de Narrowneck, na Gold Coast, Austrália e o de Mount Mauganni, na Nova Zelândia. Em Inglaterra, começou também a ser construído o primeiro recife do hemisfério norte, em Boscombe, cujas autoridades locais estimam que renda pelo menos dez milhões de libras ano só em termos de marca e imagens a nível nacional. Isto num local que tem 77 dias de surf por ano.


Além do modelo matemático, o LNEC construiu um modelo físico à escala 1/30 que "recria todas as características do local em termos de fundos, ondulação, altura média de marés e ondas e tipo de rebentação", explica Maria da Graça Neves, investigadora do Laboratório. Depois de concluído o estudo da viabilidade do recife passa-se à segunda fase, a do projecto de execução. Seguem-se novos estudos sobre o modelo final, que será aperfeiçoado pelo IST." Artigo Semanário Expresso, Sexta-feira 8 de Agosto de 2008


quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Apresentação do Grupo

Bem vindo ao blog!

Apresentamo-nos como um grupo de trabalho da disciplina de Área de Projecto, 12º Ano, da Escola Secundária de Pedro Nunes.

Entrevista de André Frada a Duarte Aragão e António Barroso:

AF: Bom dia Duarte!
D: Bom dia André!
AF: Como é que surgiu o interesse neste tema?
D: O interesse neste tema surgiu quando o meu caro colega António, estava na casa de banho e a ler a Surf Portugal. Era uma entrevista de duas páginas da Surf Portugal, revista nº 188, Vol.22 Nº03 .
AF: Confirma, António?
AB: Confirmo pois. Mas não estava na casa de banho a fazer o que estão a pensar. Já vinha a ler a revista desde o quarto e ia tomar banho.
AF: A que é que querem chegar com este trabalho?
AB: Queremos fazer uma divulgação do tema, explicando, não cientificamente, mas no geral, qual a utilidade da construção de um reef numa praia como S. Pedro do Estoril.
AF: Então, qual é a utilidade da construção do reef?
D: Tem várias. De ínic... .
AB: Cala-te! Isso agora saberão com o desonvolver do nosso projecto. O projecto está em desenvolvimento.
AF: Está bem, então bom dia!